Um dos assuntos mais comentados na área de web atualmente é a cena do design responsivo. Resumidamente, criar uma aplicação responsiva é fazer com que ela seja acessível e se adapte em múltiplos dispositivos, seja desktop, smartphone, TV etc.
Quando falo em acessível, refiro-me a todas as pessoas conseguirem acessar a aplicação de modo que seja confortável e usável. Não adianta a aplicação simplesmente abrir em algum tipo de dispositivo e ter uma péssima experiência. Isso inclui botões pequenos, ilegibilidade nos textos, fotos deformadas, péssima performance ou aquela famosa versão responsiva que, ao ser acessada de um dispositivo móvel, boa parte de seu conteúdo é retirado, incluindo algo que poderia ser de interesse do usuário.
A questão que quero levantar é que desenvolver de forma responsiva não é uma questão de opção e, sim, de necessidade. Não se faz esse tipo de trabalho porque é bonito ou é uma nova tendência, mas porque a web é um lugar livre e democrático, em que todas as pessoas devem ter o direito ao acesso à informação.
Com a chegada de tantos aparelhos, a ideia de pixel perfect (larguras determinadas) não existe mais. Aliás, essa ideia já não existe há anos, o que quer dizer que essa “estrutura blocada” de que “x” de largura atende à maior parte de usuários não existe faz tempo. O pessoal do blog referência em web, “A List Apart” , em seu artigo A Dao of Web Design”, já dizia isso desde o ano 2000.
Então, se pensarmos no cenário do design responsivo na atualidade, percebemos que em vários sites, blogs e portais de notícias as aplicações estão antiquadas. Mas não é por isso que você deve se enquadrar como maioria e se acomodar.
É claro que a onda de acesso à Internet por smartphones, TVs etc.,  veio a se tornar mais frequente agora, apesar de já existir há algum tempo. Esses produtos estão um pouco mais baratos hoje, e nem preciso dizer que a venda desses aparelhos com acesso à Internet está cada vez mais crescente.

A grande parcela das pessoas que trabalha com Internet deve se educar, seja desenvolvedor, designer, ou seja lá o que for, e começar a compreender sobre sua importância e impacto na Internet e na sociedade como um todo. É só olhar para a pessoa ao seu lado no metrô, ônibus ou até mesmo em lugares de ambiente sociável, como restaurante ou parque. Perceba o número de pessoas que está acessando a Internet pelos dispositivos móveis e, acima de tudo, como essas pessoas estão desejando o acesso ao conteúdo. A necessidade de informação está cada dia maior e, apesar de as pessoas talvez ainda não conhecerem o verdadeiro time que trabalha por trás da grande indústria da Internet e como tudo isso funciona, elas compreendem sua importância.

Hoje, a Internet faz parte da vida da maioria dessas pessoas, e a quantidade de tempo que elas acessam aumentou muito também, então, por mais que não acredite, volto a dizer: você, profissional de Internet, é importante.
Mas, no cenário responsivo, assim como em muitos outros, as desculpas e justificativas para o desenvolvimento estão sempre à tona. Vou citar a mais comum e que se refere ao custo. Eu, particularmente, assumo que fazer aplicações responsivas é bem complexo, e bastante trabalhoso, portanto, o custo deve ser maior também. Mas uma das maneiras de se reeducar é já incluir esse valor como um item padrão em todos seus projetos.
Sempre vai ter um “zé mané” apresentando gráficos, estudos e até mesmo métricas banais para contradizer e justificar que o responsivo não é viável para tal projeto. Lógico que as empresas de Internet como um todo e o cliente têm sua contribuição na web, e podemos dizer que eles “financiam” boa parte disso, mas, como dito anteriormente, é o usuário que importa. É ele quem faz essa engrenagem girar e faz o sucesso da Internet desde seu início na história. Então, se você é o verdadeiro profissional de Internet, pense novamente em sua importância e em todas essas pessoas. Faça a diferença para que o usuário navegue em um ambiente confortável. E, se tratando dele, tenho certeza de que não é muito paciente, portanto, se ele não conseguir acessar de forma adequada, desistirá e talvez nunca mais volte. Quem lê um pouco sobre UX (experiência do usuário) já deve estar cansado de saber disso.
Sei que em nossa profissão, como se já não bastasse, sempre há mais e mais complementos a serem estudados, porém alguns, como o responsivo, o qual menciono aqui, são primordiais. Se você é desenvolvedor, indico fortemente o livro grande Sérgio LopesA web mobile”, uma leitura fácil, de linguagem bem peculiar, que trata da importância do responsivo, além de técnicas e dicas. Você também pode ler artigos nos principais blogs da web.
Enfim, se você, assim como eu, vê a web como algo a mais do que uma forma de ganhar dinheiro, bem-vindo ao time!
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